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29 abril 2025
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Vereador Eninho debate desafios e mudanças na Câmara de Rio Grande

Parlamentar mais votado entre os novos ingressantes discute pautas importantes, como a adesão ao e-SUS e a criação de secretarias municipais Na manhã desta segunda-feira, o vereador Eninho, parlamentar mais votado entre os novos ingressantes na Câmara de Vereadores de Rio Grande, concedeu uma entrevista à rádio cultura para debater os desafios da nova legislatura.

Durante a conversa, abordou temas como a estrutura do legislativo, a implementação do sistema e-SUS no município e a recente criação de secretarias municipais, pontos que vêm gerando debate entre os parlamentares e a população. Eninho, que tem formação em Direito e experiência como professor, destacou que sua entrada na política foi uma surpresa positiva. “Foi uma grata surpresa. A campanha nas ruas já mostrava um crescimento, mas não imaginava que o resultado fosse tão expressivo. Agora, tenho um grande desafio pela frente e estou aprendendo a dinâmica do legislativo na prática”, afirmou.

O vereador comentou sua experiência inicial no legislativo e a adaptação ao funcionamento interno da Casa. “A rotina política é diferente de qualquer outra experiência que já tive. As conversas fora do plenário são essenciais e fazem parte do jogo democrático. Estou me apropriando desse funcionamento”, explicou. Durante o período de recesso, houve uma sessão extraordinária para debater projetos importantes enviados pelo Executivo. Entre eles, a proposta que cria novas secretarias municipais gerou polêmica e foi aprovada com votação simples, o que gerou críticas por parte da oposição. Criação de secretarias gera debate sobre impacto financeiro Um dos principais temas discutidos pelo vereador foi a criação de novas secretarias na administração municipal.

Segundo ele, a medida levanta preocupações sobre responsabilidade fiscal e viabilidade financeira. “O problema não é apenas criar secretarias, mas garantir que elas tenham orçamento para funcionar. Não adianta ter estrutura sem recursos para operar”, criticou. Um dos exemplos citados foi a Secretaria do Interior, que, segundo Eninho, não está claramente definida em suas funções e pode acabar sobrepondo competências já exercidas por subprefeituras. “Temos subprefeituras que já enfrentam dificuldades por falta de estrutura e pessoal. Criar uma secretaria sem orçamento definido pode gerar mais burocracia sem resolver os problemas reais”, alertou.

O vereador também mencionou a necessidade de revisar o orçamento do município para evitar um aumento descontrolado das despesas. “Rio Grande já enfrenta desafios fiscais. Criar cargos sem uma fonte de financiamento pode comprometer a saúde financeira do município”, concluiu.

Expectativas para o Polo Naval e impacto econômico Outro tema debatido foi a retomada das atividades no Polo Naval, com a visita do presidente Lula prevista para fevereiro. Eninho demonstrou ceticismo em relação aos impactos imediatos do projeto para a arrecadação municipal. “Sempre ouvimos falar na retomada do Polo Naval, mas precisamos ver como isso realmente se concretizará. Além disso, a reforma tributária pode mudar a forma como os municípios arrecadam, tornando necessário um planejamento cuidadoso para garantir que Rio Grande realmente se beneficie dessa retomada”, avaliou.

O vereador destacou que é essencial que o município esteja preparado para receber investimentos, mas sem depender exclusivamente desse fator para equilibrar suas contas. “A experiência passada mostrou que não podemos basear toda a economia local em um único setor. Precisamos diversificar as fontes de receita e garantir que os impactos negativos, como aumento da demanda por serviços públicos, sejam compensados”, acrescentou.

Projetos prioritários para a nova legislatura Eninho revelou que já tem projetos em tramitação e pretende apresentar novas propostas para melhorar a vida da população. Um dos projetos já protocolados busca permitir que receitas médicas particulares sejam aceitas na farmácia municipal, evitando burocracias desnecessárias para os pacientes. “Hoje, quem consulta um médico particular precisa ir até um posto de saúde para obter uma nova receita e conseguir medicamentos da rede pública. Queremos acabar com essa exigência e facilitar o acesso à medicação”, explicou. Além disso, o vereador destacou que pretende atuar na fiscalização da gestão pública e propor melhorias para o funcionamento da cidade.

“Nosso papel é garantir que a administração funcione de forma eficiente e transparente. Estou comprometido em trabalhar para que Rio Grande tenha uma gestão responsável e voltada para as necessidades reais da população”, finalizou.

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