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9 setembro 2025
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Museu Oceanográfico da FURG celebra longa trajetória e reconhecimento da comunidade

Por Redação

Nesta segunda-feira (08), o Museu Oceanográfico da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) “Prof. Eliézer de Carvalho Rios” completou mais um ano de atividades, consolidando-se como um dos principais destinos turísticos e referência em ciência, preservação marinha e extensão universitária na região.

Uma pesquisa de opinião realizada no aniversário de 72 anos do museu indica que o número de visitantes anuais varia entre 85 mil e 90 mil pessoas, sendo que 85% deles se dizem muito satisfeitos com a experiência. Para o diretor do Complexo de Museus da FURG, Lauro Barcellos, esses resultados refletem o esforço de profissionais que transformam ciência e pesquisa em experiências acessíveis e envolventes para todos.

“O museu interage fortemente com a comunidade e possui um consentimento social. A nossa comunidade reconhece no Museu Oceanográfico uma referência científica, educativa, uma referência de lugar bonito, de entretenimento, onde as pessoas vêm para conhecer, descansar e confraternizar. Então, é essa a resposta que eu sempre dou, porque é a partir da comunidade que nós podemos entender aquilo que nós fazemos há tanto tempo”, disse Barcellos.

História e estrutura do Museu

O Museu Oceanográfico foi criado em 8 de setembro de 1953 pela Sociedade de Estudos Oceanográficos do Rio Grande (SEORG), inicialmente instalado na Praça Tamandaré, em uma casinha cedida pela Prefeitura Municipal do Rio Grande. O projeto foi idealizado pelo professor Eliézer Rios, pelo biólogo Boaventura Barcellos e pelo engenheiro Iugoslavo Nicolas Vilhar. Boaventura Barcellos foi o primeiro diretor, função que depois passou para o professor Eliézer de Carvalho Rios, homenageado com o nome da instituição.

Com o tempo, o museu ganhou prédio próprio e, em 1974, passou a integrar o Complexo de Museus da FURG, com apoio decisivo do então reitor Eurípedes Falcão Vieira, do engenheiro Francisco Martins Bastos e de Henrique José Vieira da Fonseca, todos atuantes na Fundação Cidade do Rio Grande. Empresas do setor pesqueiro local, como Pescal, Riograndese de Pescado, Leal Santos, Torquato Pontes e Wigg, além da Refinaria de Petróleo Riograndense, contribuíram financeiramente para a construção e manutenção do espaço.

O museu possui exposições sobre a vida marinha, com painéis, aquários, maquetes e centenas de conchas, representando cerca de 50% da malacofauna brasileira. O acervo inclui espécimes inteiros secos, conservados em líquidos e partes preservadas, como esqueletos, peles, ossos e ovos. Pesquisas também abrangem as ilhas oceânicas brasileiras, com expedições realizadas em locais como Atol das Rocas (1977 e 1982), Arquipélago de Abrolhos (1978 e 1980), Fernando de Noronha (1979) e Arquipélago de São Pedro e São Paulo (a partir de 2001).

O projeto Banco de Imagens e Dados (BID), financiado pela Petrobras, permitiu catalogar 46.200 amostras de moluscos, promovendo avanços significativos na gestão das informações científicas.

Visitação

O Museu Oceanográfico funciona de terça a sábado, das 14h às 18h, na Rua Capitão-Tenente Heitor Perdigão, 10, Centro, Rio Grande – RS.

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