Por Redação
O significado do Natal como tempo de fraternidade, reconciliação e gratidão esteve no centro da entrevista concedida pelo bispo da Diocese do Rio Grande, Dom Jorge Pierozan, ao programa Manhã Regional, da Rádio Cultura Zona Sul, na segunda-feira (15). Ao longo da conversa, o bispo também falou sobre suas lembranças pessoais da data, a programação das celebrações natalinas e suas principais agendas pastorais na Diocese.
Ao recordar a infância, Dom Jorge associou o Natal à união familiar, à leveza do tempo de férias e às memórias simples, como as frutas típicas da época, especialmente o pêssego e a uva. Segundo ele, essas lembranças ajudam a compreender o verdadeiro espírito natalino. “É um tempo em que as pessoas se desarmam mais, ficam mais disponíveis ao perdão e à aproximação”, afirmou, ressaltando que o valor maior da data está no encontro das famílias e na convivência fraterna.
O bispo destacou que o Natal vai além das trocas de presentes e deve ser vivido como um período de serenidade, fraternidade e encerramento de mais um ciclo. Para Dom Jorge, valorizar os momentos em família e cultivar gestos simples de carinho e reconhecimento são atitudes que traduzem melhor o sentido da celebração cristã.
Durante a entrevista, Dom Jorge também comentou a organização das celebrações natalinas nas paróquias e capelas da Diocese. Ele elogiou o esforço dos padres e das comunidades para garantir missas e celebrações em diferentes locais, inclusive com a adaptação de horários quando necessário, para que os fiéis tenham acesso às celebrações.
Ao falar de sua própria agenda, o bispo explicou que tem buscado, desde o início do seu episcopado, estar presente não apenas na Catedral, mas também em comunidades do interior e áreas mais distantes da Diocese, como capelas rurais, rincões e comunidades quilombolas. Para a noite de Natal, Dom Jorge informou que celebrará a missa do dia 24, às 19h, na Capela Perpétuo Socorro, ligada à Paróquia São José Operário, em Rio Grande. No dia 25 pela manhã, presidirá a celebração no Mosteiro São José, com as irmãs carmelitas, e à tarde estará na Catedral de São Pedro.
Outro ponto abordado foi a decoração natalina da praça central da cidade. Embora tenha reconhecido a beleza da iluminação e o grande número de visitantes, Dom Jorge fez uma crítica à inclusão de personagens do folclore brasileiro no presépio. Para ele, o presépio deve respeitar o contexto histórico e religioso do nascimento de Jesus, sem misturar elementos que não fazem parte da tradição cristã. “Pode até ser bonito como decoração, mas não é doutrina correta”, afirmou, destacando a importância de preservar o verdadeiro sentido do Natal.
Ao final da entrevista, Dom Jorge deixou uma mensagem aos ouvintes, reforçando a importância de viver o presente e não adiar mudanças de vida e atitudes. Ele lembrou que estar vivo para celebrar mais um Natal é um dom gratuito de Deus, fruto de sua graça e misericórdia. O bispo incentivou as pessoas a aproveitarem o tempo natalino para buscar a paz interior, dar passos em direção ao perdão e preparar o coração para celebrar o Natal com serenidade e fé em Jesus Cristo.
A entrevista foi marcada por um tom reflexivo e pastoral, convidando os ouvintes a viverem o Natal de forma mais consciente, humana e cristã.


