Por Redação
A Câmara de Vereadores do Rio Grande promoveu, na noite de segunda-feira (16), uma audiência pública para tratar do Projeto de Lei do Executivo (PLE) nº 17/2025, que propõe a criação de uma Área de Especial Interesse Social (AEIS) na Fase 3 do loteamento Central Park. O objetivo da proposta é a construção de 421 unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), destinadas a famílias de baixa renda enquadradas na faixa 1 do programa.
Estiveram presentes na audiência os secretários municipais Cláudio Costa (Relações Institucionais e Comunitárias – SMREIC) e Glauber Gonçalves (Planejamento, Habitação e Regularização Fundiária – SMPLANH), além de vereadores, vereadoras, moradores e proprietários de terrenos da região. Representando a empresa responsável pelo loteamento, a Melnick, participou Alberto Meneghetti. Também foi exibido um vídeo com a participação de uma dirigente da Associação dos Moradores do Central Park. A condução da audiência ficou a cargo do presidente da Câmara, Rovan Castro, e o evento foi solicitado pelo vereador Luka (PSDB).
Ao final da audiência, os secretários avaliaram positivamente o debate. Cláudio Costa destacou a relevância da participação do Executivo e da comunidade, afirmando que o encontro permitiu esclarecer dúvidas sobre os objetivos do PLE. Ele afirmou que a implantação do projeto deve trazer melhorias significativas para os bairros do entorno, como Parque Marinha, Parque São Pedro e Jardim do Sol. Costa explicou que a área será desmembrada da atual configuração do loteamento e que as novas moradias serão construídas com financiamento do programa federal, beneficiando famílias cadastradas pela Prefeitura. “Entendemos que o Central Park vai ganhar valorização para aqueles que já moram e para aqueles que lá irão morar”, afirmou.
Por sua vez, Glauber Gonçalves apresentou imagens ilustrativas da área envolvida e ressaltou a importância de proporcionar informações claras à comunidade. “Era legítimo que eles (moradores) tivessem uma informação mais precisa do que está sendo proposto”, destacou. O secretário também comentou que o município enfrenta dificuldades relacionadas à infraestrutura habitacional e que esta proposta representa uma boa alternativa para ocupar uma área já dotada de estrutura adequada. “Temos que gerar imóveis de melhor qualidade para toda a população do Rio Grande”, defendeu.
A proposta em análise marca a primeira etapa do processo de redefinição do módulo 3 do Central Park. Segundo Glauber, a empresa responsável deverá apresentar à Prefeitura um plano mais concreto de melhorias na infraestrutura, incluindo redes de esgoto, drenagem e eletrificação. Ele mencionou ainda que o Executivo já possui uma proposta preliminar e que, após esta fase, será necessário avançar na captação de recursos federais, liberação de financiamentos e seleção das famílias beneficiadas. “Esperamos que esses passos sejam todos vencidos com o devido diálogo com as pessoas”, concluiu o secretário.