Por Redação
A Vigilância em Saúde do Rio Grande confirmou mais três mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), elevando para 43 o total de óbitos registrados no município desde o início do ano. Os números fazem parte do boletim semanal divulgado nesta segunda-feira (18) pelo órgão, que é vinculado à Secretaria de Município da Saúde (SMS), e se referem à 33ª semana epidemiológica.
Do total de vítimas, 31 faleceram em ambiente hospitalar e 12 em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A SRAG inclui casos de Síndrome Gripal (SG) que evoluem para comprometimento da função respiratória, podendo ter como causa influenza, covid-19 e outros vírus respiratórios.
Até o momento, 64.254 pessoas receberam a vacina contra a gripe no município, o que corresponde a 33,4% da população. Entre os idosos, a cobertura é de 58,2%. Já nos grupos prioritários — como idosos, gestantes e crianças de 6 meses a menores de 6 anos — a taxa de vacinação alcança 54,1%.
Situação de emergência
O município segue em estado de emergência em Saúde pública, conforme o Decreto 21.852, em razão do aumento de casos e mortes por SRAG, além da superlotação nos serviços da rede municipal de Saúde. O decreto considerou o crescimento da demanda nos serviços de emergência, as filas de espera e a lotação acima da capacidade dos leitos hospitalares, o que representa risco à população. Outro fator citado foi a ausência de leitos suficientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) geral, pediátrica e neonatal, o que agrava a situação de assistência.
Dados do boletim
O documento divulgado pela Vigilância também apresenta informações sobre hospitalizações por SRAG em todo o Estado, nos municípios da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde e na cidade do Rio Grande. O boletim aponta ainda a presença de diferentes vírus respiratórios em pacientes internados e nos registros de óbitos. A maioria dos casos foi classificada como SRAG não especificada (55,8%), seguida por influenza (25,6%), rinovírus (9,3%), vírus sincicial respiratório – VSR (7%) e metapneumovírus (3,3%).
Vacinação como prevenção
A Secretaria da Saúde reforça que a vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e suas complicações. Considerada segura, a vacina é uma das principais medidas para reduzir casos graves e óbitos, estando disponível em todas as unidades de saúde da rede pública.